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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PALAVRAS

            Por onde quer que andemos, damos de caras com as palavras. Elas nos fazem comunicar, e dar nomes às coisas. O que seria de nós se as palavras não existissem? Meros animais soltos pelo mundo afinal, se somos humanos, é por que existe uma palavra que define o que somos e, de certa maneira, uma palavra que nos coloca numa posição “superior”, a de humanos.
            Pois bem, há uma palavra que nos dá uma posição privilegiada em relação a outros animais simplesmente por termos uma “consciência” das coisas. Será? Somos tão “superiores” que nos colocamos no direito de oprimir com “consciência” do que estamos fazendo. Somo tão “superiores” que achamos que podemos comandar o mundo ao nosso redor por que temos a “consciência” de saber o fazemos.
            O que será então “consciência”? Uma palavra que diz que sabemos as consequências dos nossos atos? Pois é, não sei. Só sei que palavras vêm e vão num ciclo sem fim, que palavras estão aí diariamente até mesmo no silêncio, afinal, se sabemos que estamos em silêncio é por que existe uma palavra que define isso. Mas, será que realmente temos consciência das palavras que dirigimos às pessoas que convivem ou pelo menos coexistem com a gente?
            Está aí outra coisa que não sei direito, mas pelo que observo não me parece ser verdade. É muito comum andar pelas ruas e ver palavras sendo ditas com frieza, mas com uma dita “consciência”. Palavras que trazem dor, mas com “consciência”. Mas o mais engraçado é que depois destas palavras ditas com “consciência”, vem um “lindo” sorriso dizendo que ser amigo.
            Palavras são mais fortes que armas de fogo, destroem, matam, doem. Palavras falsas ditas muitas vezes pode ser a gota d’água para um desastre. Palavras vêm e vão, todas elas com seu peso, umas mais leves que acariciam e, outras mais pesadas que nos pisoteiam. Seja como for, que bom que palavras existem, é através delas que sei separar os falsos dos verdadeiros.
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