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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

O AMOR É MEU ?


Eu sempre tenho a convicção de que tudo é meu. Se tenho um amigo, ele é meu! Se tenho um lápis, ele é meu! Se tenho um instrumento, ele é meu!
E por que venho dizer isso? Pelo simples fato de que não consigo ver essas ‘coisas’, que são minhas, com os outros, me dá um aperto, um sentimento de perda, e é incrível como não consigo lidar com isso.
Se tenho um amor, por exemplo, e vejo esse amor conversar com outras pessoas ou curtir o que as outras pessoas fazem, eu fico feliz e ao mesmo tempo parece que isso me coloca no meu lugar de volta, que não quer dizer que é meu e de mais ninguém, só porque está comigo. Mas não é porque me deixa feliz que necessariamente me alegre, eu fico feliz mas meio ‘vazia’.
Se só está comigo, não é meu, logo nada tenho, e assim sinto que nada sou, ou melhor, que nada preciso ser, pois apenas serei quando eu estiver com alguma coisa.
Eu, não importa. Importa o que ou quem está comigo. Então volto a dizer: se tenho um amigo, ele é meu porque faz parte do meu ser naquele momento em que ele está comigo. Se tenho um instrumento, ele é meu porque faz despertar em mim a vontade de tocá-lo.

Ah! Mas se tenho um amor, parece que tenho tudo e não preciso de nada, e isso é bom e ruim, porque anulo o meu amigo, o meu instrumento e todas as outras coisas mais, mas aí quando vejo esse amor tendo um amigo, ou tendo um instrumento ou qualquer outra coisa, vejo que realmente não tenho nada, pois deixo tudo o que tenho de lado pra ser algo que talvez eu nem saiba o que é; Amor.
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