Até
onde tenho a capacidade de dizer quem sou “eu”? Será “eu” o que sou, será “eu”
quem penso ser, ou será “eu” o que pensam ser o que sou “eu”?
Vivo num mundo sem rotas, num mundo
maluco, o qual chamo de “vida”. Rumo perdido sem saber o início e onde será o
meu fim, se é que já não findei. Só sei que nada sei.
Penso ser algo que sou e para mim o
sou a partir do momento que penso que sou. Porém, o que sou para mim não o sou
para você e da mesma maneira não sou para ele. E dentre tantos pronomes, tantas
possibilidades, chego à conclusão de que “eu” não sou, mas de que “eu” somos.
Nada sou que uma infinidade de “eus” vagando na mente de uma infinidade de
pessoas livres para pensar o que quiser sobre “eu”. Seja bom ou ruim, sou “eu”,
sendo alto, gordo, magro, feliz, brabo, metido ou simplesmente nada, sou “eu”.
Sou aquele que vaga sem saber quem
sou, por que descobri que o que sou para mim, posso não ser para o outro.
Descobri que posso ser quem eu quiser, mas que ao mesmo tempo serei quem não
quero ser, pois, alguém vai dizer que sou.
Mas no fim, quem sou “eu”? Será “eu”
o que sou, será “eu” quem penso ser, ou será “eu” o que pensam ser o que sou
“eu”?
Não posso escolher quem sou “eu”,
mas posso escolher a qual “eu” vou dedicar atenção. Portanto eu escolho ser o
“eu” que eu penso que sou “eu”.
Escrito por
Nenhum comentário:
Postar um comentário