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sábado, 21 de novembro de 2015

O Último Texto

            O que é digno de estar no meu último texto? Qual a fonte que devo usar ou, quantas páginas devo escrever? Deve ser de dor ou de amor? Trazer alegria ou temor? Como deve ser meu último texto?
            Durante a vida textos vão e textos vem, uns são transcritos, outros não, uns são mais longos que se fosse para transcrever daria um livro, outros são tão pequenos que poderia escrever num pedaço de papel durante meu café da manhã na padaria, mas este, este é diferente, se trata do último texto.
            Um último texto poderia trazer um resumo do que se passa na minha cabeça ou até mesmo, um relato do estresse que há durante alguns momentos da vida. Um último texto poderia trazer à tona os problemas que me afligem para que quem venha a ler este texto entendesse o porquê das minhas atitudes. Mas um último texto é digno de mais, é digno de alegrias, mas, como ter alegria em momentos difíceis da vida, como é possível se tudo ao meu redor não passa de prédios desmoronando?
            Ah... o último texto toma tempo e cansa pelo trabalho que dá. O último texto da satisfação de trabalho cumprido até mesmo se esse trabalho durou pouco tempo. Ah... o último texto... quem me dera saber o que escrever nele.
           Talvez não seja o momento de escrevê-lo, talvez não esteja no lugar adequado, talvez... talvez... talvez... que o último texto seja escrito da maneira que vem à cabeça, que o recalque, que tanto Freud falou, não me venha incomodar, que venha somente o texto como deve ser, sem travas na língua e com o amor e a cortesia para aos outros falar.
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